Não tenho mais nada a dizer. O arrependimento é presente e
como o mar que invade as praias suga-me tudo, devolve-me pouco. Agora. Sou
apenas areia. Quartzos restados. A espera de ondas. Ondas apenas estas, que me
façam melhor que estou, que me permitam ser maior do que sou. Sou poeira.
Dependo de tudo, porém não mais de mim. Ou talvez sim. Limito-me a meu corpo
restado. Sou nada, agora. Sinto dor. Sinto, apenas. Saudade. Amor. Vento.
(Milly Almeida 14/02/2013)