segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Utopia nubente


Observo teus olhos delibando todo meu ser, vorazmente
Necessito estar perto,
Necessito tocar-lhe,
O muito ainda é insuficiente.

Me anestésico ao extremo de anseio
Deste cálice deleitoso, embriagante
O sangue deste crédulo amante
Que a minha juíza, a cada dia, tem a corroer


Na quimera noite,
Lábios molhados percorrem-me a face
Teu corpo candente sobre o meu a desnudar, sinto ofegar
Estremecer, perder a sustentação, o controle neste enlace

Nada importa,
Somente o carinho, o afago,
A volúpia, o beijo, o amasso
O laço - de cabelo
Que já se perdeu em meio ao transe.

Olho de novo.
O laço ainda está ali,
Eu ainda estou ali
Só você que ainda não veio. 
Mas virá.

(Milly Almeida- 21/05/2012)