Observo teus olhos delibando todo meu ser, vorazmente
Necessito estar perto,
Necessito tocar-lhe,
O muito ainda é insuficiente.
Me anestésico ao extremo de anseio
Deste cálice deleitoso, embriagante
O sangue deste crédulo amante
Que a minha juíza, a cada dia, tem a corroer
Na quimera noite,
Lábios molhados percorrem-me a face
Teu corpo candente sobre o meu a desnudar,
sinto ofegar
Estremecer, perder a sustentação, o
controle neste enlace
Nada importa,
Somente o carinho, o afago,
A volúpia, o beijo, o amasso
O laço - de cabelo
Que já se perdeu em meio ao transe.
Olho de novo.
O laço ainda está ali,
Eu ainda estou ali
Só você que ainda não veio.
Mas virá.
Mas virá.
(Milly Almeida- 21/05/2012)