Dúvidas. Confissões. Galhos. Intrigas. Discussões. A
madrugada se torna pequena para dois desconhecidos que se amanhecem de
incertezas, certas, e convicções. O que os une? O que almejam? Sobre o que
dialogam? ‘Se discordam’ e concordam? E mudam, refazem ideias, preconceitos
errados. Mesmas folhas que caem, mesmas ventanias, mesmos sons a perturbar-lhes
os ouvidos, mesmo mistério que os chama, ou a um; ou a todos que circundam seus
dedos: aquelas corujas sábias, os vagalumes, as muriçocas (pessoas, não
animais), a todos, que, todavia não desejariam ser um deles. Dois conhecidos
unidos pelas arcanas raízes de pensamentos, até quem sabe um dia, enigmas se destapem
e mudanças, também por eles, ocorram.
(Milly Almeida: 24/05/2013*)